Circulo de Mulheres – Jornada da Mulher Sábia

“A loba, a velha, aquela que sabe está dentro de nós. Floresce na mais profunda psique da alma das mulheres, a antiga e vital Mulher Selvagem. Ela descreve seu lar como um lugar no tempo em que o espírito das mulheres e o espírito dos lobos entram em contato. É o ponto em que o Eu e o Você se beijam, o lugar em que as mulheres correm com os lobos…” Clarissa Pinkola

A princípio quando se fala em Sagrado Feminino se pensa logo nos círculos de mulheres e rituais, mas esse é apenas um aspecto desse movimento que vem ganhando cada vez mais força. Sagrado feminino não é religião, significa viver uma vida natural, íntegra e com limites saudáveis, é ter a confiança de se colocar em círculo entre mulheres dispostas a se enxergar através do olhar uma da outra, sem comparações, nem competição.

Falamos de Sororidade, algo que somente as mulheres conseguem compreender. “Tua dor é também minha dor”,  a dor de uma mulher é compreendida por todas as outras; pois todas trazemos em nosso sistema a dor da supressão do feminino, não existe uma só mulher que não tenha em sua linhagem alguma ancestral que foi subjugada, desrespeitada, vítima de violência,  ou abusada simplesmente por ser mulher. Heranças replicadas de geração a geração através da memória celular, registros que ficam ali silenciosamente vibrando, tendências comportamentais que repetimos inconscientemente crentes que é nosso jeito de ser, assim perpetuamos sofrimentos.

Crescemos acreditando que somos frágeis e que precisamos ser protegidas, e  isso nos coloca em posição inferior.  Logo passamos a brigar com nosso corpo que nos torna segundo a essa visão mais vulneráveis. O medo da vulnerabilidade é causa de muita dor, tanto em mulheres como em homens, nós mulheres passamos a negar nosso corpo como ele é, nossa menstruação, até nossa maternidade, atacamos inconscientemente nossos úteros, ovários, mamas somos a geração das mastectomisadas e sem úteros, já perceberam isso? 

Por outro lado nunca se falou tanto no poder das ervas, das benzedeiras, das terapias naturais, do ressignificar nosso sangue, desobjetificação de nosso corpo, ginecologia natural, etc; tudo isso advento do despertar de um novo olhar e valorização das medicinas que cada mulher traz consigo em sua autenticidade.

“Ao reprimir o feminino, o ser humano vem criando uma civilização que reprime a mulher e que está totalmente desconectada da natureza. Essa repressão, essas desigualdades e esta inconsciência infantil tem lugar em nosso subconsciente e realizam sua impressão em nossa memória celular.” Fanny Van Laere

Tanto mulheres como homens, são condicionados desde pequenos a reprimir as emoções. Quando aprendemos a ter uma conduta “profissional”, aprendemos a  isolar nossa capacidade inata de sentir, intuir, de nos colocar no lugar do outro, desconectando nossa parte humana sensível e  compassiva. Isso torna mais fácil e aceitável a  competitividade, a luta, a concorrência. Reforçando o pensamento de que o fim justifica o meio, e isso fica bem claro quando olhamos os resultados das atividades humanas, em busca de conforto e segurança, em detrimento dos estragos  causados a Natureza. Degradamos florestas, mananciais, violamos a terra, em nome do desenvolvimento socioeconômico e da qualidade de vida, e tudo bem pois é justificável. Vivemos num mundo regido pela mentalidade masculina onde desde pequeno o menino aprende a acreditar que se for sensível e demonstrar sua sensibilidade será considerado um fraco, e graças a esse pensamento temos homens fortes por fora, e internamente imaturos, infantis; que transferem sua dependência da mãe para as suas companheiras, exigindo trabalho dobrado dessas mulheres que além de terem que lutar por espaço profissional, ao chegarem em seus lares precisam realizar tarefas domésticas, garantir a estabilidade emocional de suas famílias cuidando dos filhos e atendendo as exigências emocionais de um homem imaturo emocionalmente. 

Não se trata de feminismo é simples constatação de muitos atendimentos em consultório, queixas de mulheres exaustas, sendo que quando ouço os maridos (os poucos que vem a terapia) suas queixas me remetem a filhos reclamando o carinho da mãe; claro que já temos muitos homens em transformação e que se esforçam, mas ainda são raros os homens nos grupos de autoconhecimento.Facilito seminários de renascimento mensais e entre vinte mulheres temos em média dois homens, que normalmente vêm trazidos pelas esposas. O Movimento do Sagrado Feminino vem para apoiar os homens também, visto que para eles também é sofrido ter que engolir o choro, assim como nós mulheres podemos e somos fortes e práticas, os homens podem e são sensíveis, intuitivos. 

Confio no autoconhecimento como o melhor caminho, costumo brincar que o poder do feminino é como o poder das águas, maleável, envolvente, aparentemente frágil, mas quem já viveu uma inundação conhece seu poder! 

Todas trazemos em nós a medicina que precisamos, porém, essa medicina está dormente ou trancafiada nos porões de nosso inconsciente, encontrar a forma de abrir as portas desses porões é tarefa que exige muita força de vontade, e trabalho árduo de autoconhecimento, terapias e liberação de traumas, memórias celulares que nos aprisionam a padrões repetitivos geração após geração sem se dar conta que está presa a uma roda (chamada de roda do Karma no budismo) que gira eternamente.

“Um circulo de Mulheres reunidas constela um campo de poder que funciona como um caldeirão  espiritual e psicológico, onde cada mulher no circulo é uma irmã que como um espelho nos devolve reflexos de nós mesmas” Monica Giraldez

Feminino curado implica em mais respeito a vida, a natureza, ao planeta, mais fraternidade e cooperação, implica numa humanidade honrando a Mãe em todos os seus aspectos, desde a natureza até a maternidade humana.

O movimento do Sagrado feminino é um grito ecoando no coração de cada mulher dizendo basta à forma depredadora, e exploratória que temos agido diante da vida. Muitas estão relembrando algo simples e esquecido, de que somos filhos da Mãe natureza tão devastada por filhos insaciáveis, e que toda mãe deve ser honrada, respeitada, caso contrário Ela também sabe dar limites.

Uma mulher curada é capaz de mudar todo seu entorno, e de seus descendentes em até sete gerações. Honrar nossa Natureza interna, nossa mulher selvagem é honrar nossa essência primordial. Aquela que ousa sair da formatação, aquela que mesmo morrendo de medo arrisca, questiona, confronta, luta por sua verdade essa já vive o sagrado feminino.Há muito trabalho a ser feito, o tempo é agora e o alarme já soou dentro de cada mulher e alguns homens, é tempo de agir com mais fraternidade, é tempo de voltar a honrar o Grande Cálice da vida.

 

Diene Lenshari, Facilitadora de Respiração de Renascimento, Renascedora de alta qualidade certificada por Leonard Orr, conduz retiros, workshops e palestras de renascimento. Possui prática e experiência em Terapias Complementares. Mestre em Reiki, ministra cursos de Reiki Tradicional do Sistema Usui, Terapeuta em Florais de Bach, Práticas Naturais Xamânicas, Gineterapeuta e Facilitadora em Gineterapia, Mãe, e Bióloga. 

 

Força espiritual, meditar todos os dias, sem saber se relacionar, não é evolução.

Encontrei esse texto outro dia na internet e me trouxe muitas reflexões; deixo-o aqui registrado para que os visitantes de meu site possam também refletir.
*No filme “Eu não sou seu guru”, Tony Robbins disse mais ou menos assim*:
Você pode ter força espiritual, meditar todos os dias e ser o melhor nisso, mas se não sabe se relacionar, não evoluiu nada. Essa é a mais pura verdade!
_O que mais vemos por aí é uma galera grande se achando evoluído porque tem uma religião, porque faz caridade, porque faz Yoga, porque é vegetariano, porque medita_…
_O que nos faz crescer e evoluir são as nossas relações. São elas que nos mostram verdadeiramente quem somos_.
_De nada adianta fazer tudo isso, se ainda não sabemos nos relacionar e se não estivermos conscientes de que essa é a única forma de crescer_.
_Porque meditar é fácil! Frequentar casas espirituais também! Ser generoso dentro dos templos é mais fácil ainda! O difícil é trazer tudo isso pro dia a dia, nas relações. Porque nelas experimentamos intimidade, e na intimidade as nossas vulnerabilidades são expostas_.
_É aí que mostramos mesmo quem somos_.
_É aí que as nossas sombras aparecem. E é aí, no dia a dia das relações que podemos nos trabalhar para melhorar_.
_Nesse momento da intimidade, as mentiras que contamos pra nós e pro mundo, não se sustentam. Não tem meditação, Yoga, ou Espiritualidade que sustente as nossas mentiras_.
_É claro que tudo isso nos conduz a um lugar melhor de nós mesmos. É maravilhoso fazer tudo isso. Mas não basta! Todas essas coisas são parte do caminho, parte do caminhar. Todas essas formas de nos acessarmos fazem parte da teoria, mas a prática mesmo são os relacionamentos_.
_Não basta meditar todo dia e se aborrecer constantemente com o(a) companheiro(a), ou com os filhos, ou com os pais_.
_Não basta se espiritualizar, fazer caridade e tratar mal o porteiro, o garçom, o caixa do supermercado_.
_E não basta achar que somos maravilhosos e seres elevados, se não conseguimos saber, de verdade, quem somos_.
_Não adianta fazer de conta que está se aprofundando, quando na verdade o olhar só fica na superfície, colocando a responsabilidade de tudo nos outros_.
_O nome que se dá a todas essas pegadinhas é Ego Espiritual. E o mundo tá cheio deles. Pessoas que até têm uma boa intenção de transformação, mas que na maioria das vezes não conseguem reconhecer seus erros, suas falhas e vão colocando as responsabilidades daquilo que não deu certo, no outro_.
_Então, é preciso estarmos atentos ao nosso ego espiritual. É preciso estarmos atentos a quem somos e o que lá no fundo desejamos_.
_É preciso reconhecer que se nos julgamos melhores e/ou mais evoluídos porque não comemos carne, porque produzimos menos lixo, porque andamos de bicicleta ou por qualquer outra coisa, tudo o que não somos é evoluídos. Porque seres evoluídos não se comparam e não competem. Eles são o que são, sabem disso e não precisam provar pra ninguém_.
_E se você descobriu que seu ego espiritual está gritando aí dentro, que bom! Fique feliz por estar se tornando consciente dele. Porque é só através dessa consciência que podemos melhorar_.
_Seja bem vindo ao mundo dos que são de verdade_!!!
(Autor desconhecido)
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Mudar Exige Coragem

Mudar exige coragem
Lancei-me ao fogo
Demorei…
Fui até a beira da fogueira por várias vezes
Senti o calor, tive medo, recuei
Me distanciei, e ao me distanciar
Congelei
Senti falta do fogo, retornei, respirei
Me aproximei novamente
Nesse vai e vem, uma dança
Dancei com o desejo de mudar, uma dança ansiosa
Dancei com o medo, uma dança horripilante
Dancei com o conformismo, uma dança de monotonia
Dancei com o desejo, uma dança de aventuras
Por fim
Dancei com a coragem, uma dança colorida e quente
Essa dança não me levou até o fogo, me mostrou que eu sou a própria fogueira

Aqui estou fazendo minha própria Melodia, as vezes…sendo melodia
Dançando melodias trazidas pelo vento, quando tocam meu coração de leonina.
Mas sempre, sempre dançando!
Hora acompanhada, adoro! Hora sozinha, aprendendo…
E você, Qual é a tua dança?

Com amor <3 Lenshari

 

Você é uma criança que cresceu!

Quantas vezes em sua vida tudo o que você queria era um colo de mãe?

Ou o olhar protetor de teu pai dando garantias de que o caminho é seguro?

Saiba que  você é uma criança que cresceu! Muitas vezes nas atribulações da vida adulta, contas a pagar, luta pela sobrevivência,  carreira, filhos, família, relacionamento, etc; nós vestimos a carapaça da capacidade e autossuficiência e esquecemos das nossas necessidades mais básicas!

Agora já não temos mais a mãe gritando:

” Leva o guarda chuva, vai chover! Pegou um casaco, tá frio! Se cuida, olha com quem anda!  Vou fazer aquele bolo que você mais gosta!”

Ou o Pai dando apoio e confirmando que aquela aventura é possível, que você pode ir e tem sua bênção!

 

Mas isso não significa que não necessitamos mais desses cuidados e carinhos básicos. Na verdade nossa infância, através dos cuidados de nossos pais ou responsáveis por nossa tutela, deveria ser  um treino para que nos tornássemos adultos responsáveis, primeiramente por nós mesmos.  Passando para a vida adulta cuidando de nossa Criança interior, bem essa que na maioria das vezes está abandonada, esquecida, negligenciada, ferida, mau tratada…

Muitas vezes fomos literalmente abandonados, esquecidos, negligenciados, feridos, mau tratados, etc, enquanto crianças; e ironicamente, ao nos tornarmos adultos, continuamos fazendo o mesmo com nossa menina ou menino interior.

O psicoterapeuta americano , John Bradshaw, em seu livro Volta ao Lar diz :  quando mantemos nossa criança interior escondida, ela continua a se manifestar na vida através de crises de raiva, reações exageradas, vícios, problemas conjugais,desempenho prejudicial enquanto pais, relacionamentos dolorosos e destrutivos.

Reforçando a importância de olharmos para essa curta fase de nossa vida e liberarmos os traumas que possam ter ficados esquecidos, mas atuantes em nossa em nossos comportamentos.

Para Leonard Orr, pai do renascimento, trabalhar com a criança interior tem efeitos mágicos. Muitas vezes a pessoa experimenta grandes liberações, desenvolvem novas ferramentas e resgatam memórias nítidas da mais tenra idade e que acreditavam estar esquecidas.

Eu Lenshari tive a oportunidade em meu primeiro retiro de formação como renascedora com Leonard Orr, de vivenciar um ensinamento entregue a mim a partir de um sonho mágico com o nosso Mestre no renascimento, Mahavatar Babaji.

Importante dizer que nos retiros inciamos o dia com meditações e mantras, nesse dia em especial eu tive uma crise de riso durante a meditação, e fiquei muito envergonhada por não conseguir conter meu riso diante de um momento tão respeitoso e sagrado  para todos nós que ali estávamos. Nesse dia apoiei  sessões de renascimento e também recebi, e o dia correu normal.

A noite em meu sono Babaji veio me mostrando um portal. Nesse portal muitas pessoas espiritualizadas, com seus mantras, e rezos sagrados tentavam entrar e não conseguiam. eu também tentei e não pude; Babaji ria, se divertindo. Por mais elevados que fossem nossos pensamentos e vibrações não podíamos entrar, e tentávamos de todas as formas e nada.  Então começaram a surgir crianças pequenas, brincalhonas , espontâneas, sapecas,  e barulhentas, como toda criança; e as portas se abriram para elas…

Nesse momento tive a percepção do ensinamento, comecei a agir como criança, soltei a imaginação, o riso e  a criatividade; aí sim as portas se abriram e lá do outro lado o Mestre me aguardava com um abraço e num sorriso radiante me  disse: “tudo bem rir do sagrado, tudo bem brincar e divertir-se, é pra isso que serve a vida! Que seja leve, e divertida em todas as suas possibilidades, brinque com a vida!

Mestre Mahatar Babaji

Assim, para mim, fica muito claro o quanto é possível transformarmos nossas vidas primeiro liberando as feridas de nossa infância, autorizando nossa criança interior a voltar a se manifestar em sua luz, levando luz de amor, e aceitação a ela e a todas as lembranças dessa etapa nos trouxe até aqui.

Nesse dia das crianças meu presente a minha pequena Deusa menina e também para a sua criança interior é essa afirmação de Poder:

“Tudo Bem pequena Criança, você está segura. agora que sou adulta, sou seu pai e sua mãe! Agora que sou adulta(o) eu cuido de você, pode confiar agora que sou adulta(o) eu te protejo, eu a levo para passear, ouço seus anseios e atendo a suas necessidades. Eu te amo do jeito que você é, Você é perfeita para mim.”

Repetindo essa afirmação e trazendo a respiração consciente para o coração, permita que o amor preencha todos os espaços de lembranças que surgirem após essa experiência, já é um começo!

“Nossos olhos são o espelho de nossa Alma. Quando olho no espelho com muita atenção ainda posso vê-la refletida, na profundidade desse olhar, uma infância de lembranças algumas muito maravilhosas e outras não tão belas, onde se instalaram muitos traumas, alguns já liberados e outros em andamento.” ( nessa foto tenho uns 6 a 7 anos)

Todo dia é dia das Crianças! Respeito e proteção as nossas sementes do amanhã, esse é meu rezo.

Com muito amor  pela pequena Diene que me habita.

Diene Grande

 

 

 

Ahh Se eu Fosse o Mar!

Hoje Iemanjá me perguntou:
“Se você fosse mar”?

Ahh se eu fosse o Mar…
Seria onda brincalhona
Onda barulhenta, as vezes suave e silenciosa
Seria gotinhas salgadas a borrifar amor na face do meditante.

Ahh se eu fosse o mar…
Escorria lânguida pelas fendas quentes das coxas rochosas de Gaia.
Se eu fosse o mar fazia burburinho de espumas pra chamar tua atenção
Se eu fosse mar te convidava pra mergulhar em mim.

Ahh se eu fosse mar…
Receberia teu corpo em mim sempre que você quisesse mergulhar e conhecer minhas profundezas.

Se eu fosse mar, estaria ali sempre a tua procura e espera.
Se eu fosse mar te mostraria o poder de minhas águas, de meu sal, e de minhas temperaturas..
Se eu fosse mar cantava a Iemanjá pra sempre te proteger.
Se eu fosse mar cantava o som do coração pra você dormir.
Se eu fosse mar aproveitava os raios do sol pra evaporar e me tornar chuva, assim.
Se eu fosse o mar adentrava o continente e chegaria até você
Se eu fosse mar me tornava chuva quente e suave a beijar tua face em dia quente de verão
Imagina só amor, se eu fosse o Mar…

Inspiração de uma gaivota <3

Trauma da Repressão do Feminino – segundo Fanny Van Laere e Leonard Orr

Em tempos que se fala tanto de Empoderamento do Feminino, cura do feminino, feminino Sagrado, e que  se confunde isso com feminismo ou política;  esse texto da Fanny e Leonard Orr no manual de Renascedores é bem pertinente…

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A maioria das pessoas teme seu lado mais sensível, suave e vulnerável. Elas reprimem qualidades femininas como a intuição, a sensibilidade, a vulnerabilidade, a gentileza, a escuta e a confiança porque têm medo de serem feridas de novo. Vivemos em um mundo no qual nos ensinam que, para sobreviver, precisamos ser fortes e que a vulnerabilidade é algo negativo ou perigoso, quando, na realidade, reconhecer a nossa vulnerabilidade abre as portas para uma força e uma autoestima maiores e nos faz mais humanos.

A maioria das mulheres se subestima desde cedo e a maior parte dos homens acha difícil aceitar e expressar suas emoções. A relação entre a repressão interna de nosso lado feminino (tanto dos homens como das mulheres) e o estado atual de nossa sociedade (como as pessoas se relacionam entre si, e o impacto negativo que a nossa existência tem sobre o ambiente) é óbvia. Nos desconectamos de nossa parte mais humana e sensível e nos é, portanto, impossível criar relações baseadas na cooperação e no amor.

A luta interna para silenciar nossa vulnerabilidade se projeta na forma em que vemos o mundo, e na dinâmica das relações que criamos. Os meninos aprendem cedo, no ambiente familiar, a competir em vez de cooperar.

As relações que temos estabelecido em nossa sociedade, sejam elas familiares, profissionais, sociais, religiosas ou com a psique das pessoas, são reflexos

do domínio do “forte” sobre o “fraco”.

Como afirma Michael Sky:

“A dominação do forte sobre o fraco, do rico sobre o pobre, do amo sobre o escravo, do soldado sobre o pacifista, do industrial sobre o camponês e da humanidade sobre os animais, as plantas e o ecossistema”.

O Mundo está organizado, há milênios, segundo estruturas e formas de pensamento fundamentalmente masculinas, nas quais se superestima a tecnologia e a análise racional.

Apesar de as mulheres usufruírem de mais liberdade desde os anos 70, e de muitos avanços terem sido feitos neste sentido, continuamos em uma era de supremacia política e social dos homens. Na mídia, as mulheres são comumente mostradas como objetos sexuais; e se ensina desde cedo as meninas que seu valor se baseia em sua aparência. Por outro lado, no setor público, os registros históricos tradicionais têm minimizado ou ignorado as contribuições femininas.

A história das mulheres começou a ser resgatada somente nos últimos vinte anos. Torço para que  a divulgação da vida de mulheres que tiverem um papel importante na história motive mais e mais hermanas –  de todas as idades- a terem mais confiança em si mesmas, para que possamos juntas trabalhar por mudanças positivas em nossa sociedade.

É fácil perceber como os outros traumas humanos têm relação com a repressão do feminino: ao nos desconectar de nosso lado mais sensível, nos afastamos de nossa verdadeira natureza e da Fonte. Esta é raiz do desejo inconsciente de morte, porque, quando nos desconectamos da vida, nos tornamos autodestrutivos. aí também se encontra a raiz da mentira pessoal: nossa mente cria uma identidade falsa e separada ao não permitir que nossa intuição se mantenha em contato com nossa verdadeira natureza e com a Fonte.   além disso, hoje em dia, a maioria dos bebês nascem em hospitais, onde a tecnologia é mais importante do que as verdadeiras necessidades da mãe e do filho. Michael Odent define esse fenômeno  como a supremacia do masculino no nascimento.

Da mesma forma, a senilidade é um processo de cura de todos os traumas da infância gerados por falta de apoio e de amor.  Por sua vez, o trauma escolar e a síndrome da desaprovação parental surgem em consequência da falta de respeito pelas necessidades e pela criatividade da criança.

É difícil imaginar o que ocorreria se alcançássemos o equilíbrio entre nosso lado feminino e masculino. Provavelmente, viveríamos em um mundo povoado exclusivamente por pessoas amorosas, poderosas e bondosas. Criaríamos o paraíso na Terra.

É interessante observar  que os historiadores relatam que o patriarcado começou entre 6.000 e 5.000 anos atras e que, no Gênesis, a  expectativa de vida se reduziu de 1.000 anos (Adão e Noé viveram mais de 900 anos) para 120 anos no tempo de Noé. No Shiva Purana, uma das escrituras sagradas da Índia, também se relata que, há milhares de anos, todo o mundo sabia que a morte era opcional e as pessoas viviam milhares de anos. No entanto, os demônios começaram a matar pessoas e a morte se tornou popular.

Afirmações de cura do Feminino em homens e mulheres:
Quanto mais vulnerável eu, (coloque aqui seu nome) sou, mais forte eu sou.
Eu (coloque aqui seu nome) observo e aceito minhas emoções.
Eu, (coloque aqui seu nome) amo a mim mesmo(a) com todas as minhas emoções
Eu, (coloque aqui seu nome) estou atenta(o) aos sinais da vida.
Agora (coloque aqui seu nome) escolho as relações de cooperação em vez de relações de dominação-submissão
Eu, (coloque aqui seu nome) não me identifico mais com mais com estereótipos sociais. Sou Livre
Eu (coloque aqui seu nome) posso realizar as atividades que me agradam, independente de serem consideradas socialmente atividades masculinas ou femininas
Eu (coloque aqui seu nome) não espero que as mulheres e os homens de meu convívio se encaixem nos estereótipos sociais
Eu (coloque aqui seu nome) já não preciso me encaixar em nenhum estereótipo para me sentir amado(a) ou para sentir que mereço ser amado(a)
Eu (coloque aqui seu nome) valorizo as qualidades masculinas tanto nas mulheres quanto nos homens
Eu (coloque aqui seu nome) valorizo as qualidades femininas tanto nos homens quanto nas mulheres.
Para Mim (coloque aqui seu nome) os homens e as mulheres são igualmente Divinos
Para Mim (coloque aqui seu nome) minha verdadeira natureza homem/mulher é absolutamente perfeita e inocente.

Escolha uma das afirmações que mais te tocar o coração e repita várias vezes ao dia em voz alta e em pensamento para você mesmo(a).

Crie o Paraíso na Terra
Seja o paraíso na Terra
Eu Sou o Paraíso na Terra
Jay
Como Amor Lenshari <3

 

O que acontece quando uma mulher decide despir-se dos cabelos?

Dizem por aí que quando uma mulher mexe nos cabelos é porque lá vem uma grande transformação e que essa transformação é do tamanho da mudança no visual.

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Se isso é verdade ou não eu já não sei mensurar. Sempre amei mudar meus cabelos, e  estava a muitos anos que com eles compridos. Me sinto entrando numa nova fase e chegou a hora de atender ao  chamado da Alma. Tomei a decisão de raspar  meus cabelos, por questões totalmente espirituais, a muito tempo sentia vontade de fazer isso,  e aconteceu numa linda cerimônia Budista, realizada por uma Lama muito amado que conheci em  minha tribo Condor Blanco.

Desde então venho me deparando com muitas percepções sobre mim mesma através de meu olhar e sentimentos e também através do olhar das outras pessoas  a meu respeito.

Encontrei um texto muito interessante sobre a linguagem corporal e os cabelos femininos (clique aqui para acessar), ao ler esse texto  pude entender um pouco de como venho me sentindo desde que raspei minhas madeixas, pois realmente tenho me sentido mais liberta da necessidade de agradar,  livre de máscaras, independente do julgamento das pessoas, que são muitos… Cada um tem um olhar e uma reação, alguns óbvios outros nem tanto!

O texto diz que rapar os cabelos era considerada uma punição as mulheres na idade média, além disso elas eram expostas em praça pública para xingamentos. Isso porque os cabelos eram e  ainda são considerados um simbolo da feminilidade, e sensualidade da mulher, e priva-las desse poder era uma alta punição.

“Nossa, está em tratamento? ahh que dó teus cabelos eram tão bonitos! Vai passar frio! Meu Deus cadê teu cabelo? Quanta coragem! Te honro por tua coragem! Te admiro! Um dia chego lá! ….silencio…. Estou chocada, desculpa não esperava!  Nossa me emocionei! Você está Iluminada! Parece uma Monja! outra…nossa eu já te admirava, agora mais ainda”

E a mais inusitada e engraçada de todas óbvio que só poderia vir de minha irmã:

“Naninha (meu apelido de infância) você pegou piolho?”

Essa ultima tem sido minha resposta aos que me perguntam onde estão meus cabelos…kkkkkk

careca

Todas essas afirmações e reações são espelhamentos de minha própria mente julgadora, e sou muito grata a cada comentário, que me possibilita a auto-observação. Me sinto liberando bloqueios e medos de desaprovação, criticas, etc. Pois não há como correr, não há o que fazer senão mostrar a cara limpa e admitir essa sou eu, não há a fuga da mão no cabelo, ou aquela virada de cabeça mexendo nos cabelos para distrair enquanto pensa na melhor resposta. Me dei conta do tamanho da identificação que eu tinha com minha aparência. Lembrando da lei da impermanência, tudo muda o tempo todo, e a identificação com a autoimagem é uma das  grandes ignorâncias do Ego e fonte de muito sofrimento, pois sou muito mais que minha aparência, e meus cabelos.

Sinto aflorar a criança  espontânea, genuína, leve e alegre, de riso solto;  Sentir isso tudo é libertador, e estou de verdade muito feliz!

“Meu pai sempre dizia: “Não estou aqui pra bonito, nem pra agradar a ninguém.”

Complemento sua frase dizendo: “Eu Lenshari não estou aqui pra bonito, nem pra agradar a ninguém, estou aqui para simplesmente Ser quem Sou!”

Mudanças irão dar-lhe vitalidade. Mais vivacidade, alegria, energia” ( Osho)

lama

Muita Gratidão pelas bençãos recebidas a Drupon Lama Dorge, esse momento é um instante além do tempo gravado em minha memória pra sempre!

Gratidão a todos meus amigos e familiares pela compreensão e viva as mudanças, em especial a minha amiga amada Fernanda Ranshira pela oportunidade.

Lenshari <3

Novos e Velhos Tempos…

Nos velhos tempos

Elas romperam com as barreiras do medo

Medo interno e coletivo

Aceitaram enfrentar os desafios

Saíram da zona de conforto

Ousaram criar novas alternativas

Se apoiaram emocional e até fisicamente

Ouviram o chamado e foram ao  grande encontro…

 

No início observação em reconhecimento

No início como boas felinas-lobas-selvagens orelhas em pé, olfato aguçado, cheiro e olhares

No início tímidas é preciso se  chacoalhar retirando a poeira e o cansaço da estrada

Uma das Lobas com ares de Sacerdotisa faz a Recepção…

Pensamentos mútuos: Nossa! Parece que voltei ao lar depois de uma longa viagem

 

Vamos cantar e dançar !! A Grande Loba Mãe propõe

Hummm essa musica é tão familiar… e os olhares se cruzam durante a dança e sem palavras todas se relembram dos tempos antigos, da intimidade, das gargalhadas e das lágrimas, da cumplicidade e dos segredos confessos umas as outras

Está feito…E parece tanto com algo familiar dos novos tempos!

misterio

No final haviam  felinas e lobas selvagens, hermanas cantantes,  dançarinas, curandeiras, xamãs, rezadeiras, terapeutas, sacerdotisas e magas que em tempos difíceis se reencontraram, e elas sempre o fazem. Juntas criam seu próprio mundo, se mostram por traz das camadas de pele, armaduras e  plumas,  se cheiram, se abraçam, se emocionam, e matam a saudade; trocam saberes, se fortalecem, e retornam ao mundo comum levando sua magia.

Assim é desde sempre com a Benção da Grande Loba Mãe com a certeza do próximo reeencontro

Assim foi em Curitiba início de junho de 2018

AHÁ

 

gineterapeutas

Turma linda da Formação de Focalizadoras e Facilitadoras em Gineterapia em Curitiba com nossa querida Mestra Monica Giraldez a qual todas nós gineterapeutas honramos e agradecemos por seu legado.

 

Masculino e Feminino Sagrado

Muito tem se falado do Sagrado Feminino, e acho ótimo esse despertar. Ainda vejo poucas falas sobre nossa integralidade, o quanto nós tanto mulheres como homens somos seres inteiros em nossa Criação, nossa essência.
Sinto que é importante trazermos a luz que o Sagrado Feminino nãos se aplica apenas as mulheres, embora seja importante espaços exclusivos para que nós mulheres tenhamos a liberdade de expor nossas questões pessoais sem o olhar masculino.
Sinto que é importante mencionar que homens e mulheres são a imagem e semelhança da Criação, e que esta não tem gênero, a Criação Divina simplesmente É!

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Homens podem ser fluidos, acolhedores e amorosos quando tem seu feminino desperto, mulheres podem ser decididas, realizadoras e protetoras quando estão com seu masculino desperto.
Uma mulher desperta e realizada  integrou ao menos uma parte de seu lado masculino, seu homem interno. Desenvolveu poder, autoestima e capacidade de decisão para que suas qualidades femininas possam florescer e não sejam inibidas.

Mulher Naturalmente é : Doce, compreensiva, compassiva e amorosa. Nutridora

“Amor sem poder não tem força e não pode chegar a sua plena expressão”

Um homem desperto e realizado integrou ao menso uma parte de seu lado feminino, sua mulher interna. Desenvolveu sua capacidade de entregar amor, sensibilidade, capacidade de escuta e compreensão para que suas verdadeiras qualidades masculinas possam brotar.

Homem Naturalmente é: Líder, decidido, ativo, valoroso. Protetor

“Um homem com capacidade de ação e decisão sem intuição e coração não está plenamente desenvolvido”

A força e o poder do masculino, embora sejam qualidades positivas, podem ser  destrutivos  quando não está acompanhado do Amor, paciência, compreensão e suavidade (qualidades do feminino).

Vivemos num mundo construído com base na valorização excessiva do masculino e repressão do feminino, onde precisamos desde muito cedo aprender a ser fortes e que vulnerabilidade é algo negativo ou perigoso. Sendo que na verdade  reconhecer e aceitar nossa vulnerabilidade abre as portas para manifestamos nossa maior força, o Amor.

Deixemos nossas meninas livres da obrigação de ser delicada, ela pode experimentar seu lado masculino e forte. Que elas possam viver aventuras, esportes divertidos e ousados como os meninos; que não sejam delas, apenas, a obrigação de ajudar nas tarefas da casa. Não presenteie suas meninas apenas com bonecas ou brinquedos ditos de meninas, dê a elas também jogos, carrinhos, etc.

Deixemos nossos meninos livres para experimentar sua integridade e se emocionar, brincar de bonecas, para brincar de cozinhar, abraçar um amigo, andar de mãos dadas sem a conotação sexual que está na mente traumatizada do adulto que sofreu quando criança e não pode ser livre.

Vivemos em novos tempos, se liberte você também.

De mãe pra filha com muito amor…

“Cada mulher traz consigo, queira ou não, nos planos genético, emocional, e espiritual o melhor e o pior de sua mãe, de sua avó e de suas gerações passadas. Dentro de cada mulher estão guardadas todas as mulheres que ela tenha sido em outras épocas, de que nem ela mesma se recorda. Uma mulher deve aprender a administrar todas as influencias ancestrais que, na maioria dos casos, controlam sua vida sem que ela se dê conta. Estas influencias podem ser determinantes na maneira de sentir, agir, reagir frente a situações e pessoas. Para que possam ser de fato donas de si mesmas e administrar bem os próprios atos, as mulheres precisarão se transformar, antes de mais nada, em grandes observadoras!” (texto extraído do livro, Os doze tipos de mulher, de Suryavan Solar)

clara e eu
Quais comportamentos que você apresenta que são comuns às tuas ancestrais, você já observou? Já se flagrou fazendo exatamente o que sua mãe faz ou fazia e que você muitas vezes não gostava?  Quem nunca, não é mesmo? 

Sou mãe de duas Jovens Mulheres, e um filho homem,  e tenho certeza que eles falam o mesmo, ou falarão! rsss

Sinto um misto de alegria quando observo minhas as atitudes nas minhas filhas  e ao mesmo tempo um frio na barriga, pela responsabilidade de ter transferido também aquela parte nada digna de se orgulhar.  E por aí vai…e por aí vamos!

Vamos despertando nossa luz aqui aceitando e iluminando a sombra ali, assim é o caminhar e assim é evoluir! Esse processo só acontece quando somos capazes de reconhecer em nós o que precisa ser iluminado, aquele cantinho escuro que nunca visitamos dentro de nós mesmos. Que fica encoberto por negações, ou inconsciência mas que se mostram nos velhos padrões repetitivos e situações que se repetem em nossas vidas, principalmente em nossos relacionamentos. padrões chamados na psicologia espiritual do Renascimento  de sobrecompensação eles servem como máscaras a nos esconder!

Em seu livro “A biologia da crença” o biólogo e cientista Bruce Liptom  fala sobre o quanto nossas crenças e também o ambiente em que crescemos,  têm um papel fundamental na regulação da expressão gênica, destacando que as crenças pessoais e o ambiente em que vivemos podem afetar as marcações epigenéticas e, consequentemente, influenciar a expressão dos genes. Nessa perspectiva ele sugere que a mente e as emoções experimentadas podem ser transferidas e desempenham um papel mais significativo do que tradicionalmente se pensava na determinação do destino de uma pessoa.

Assim podemos concluir a importância de nós mães curarmos nossas emoções primais, cristalizadas como traumas para não transferirmos a nossas filhas, quebrando correntes de crenças, comportamentos que perpetuam também sofrimentos, conflitos, e desamor.

Por amor escolhi o caminho do autodesenvolvimento com a intenção de me curar de mim mesma, essa jornada é intensa, longa e também muito compensadora. Na respiração consciente de energia, o renascimento encontrei uma das mais incríveis ferramentas para esse processo. Sou muito grata a todas minhas antepassadas e também aos mestres por tantas benção em ver meus filhos se desenvolvendo em pessoas mais livres dos padrões das gerações passadas.